O LIBERTADOR

TEXTO: Salmos 72

12Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude. 13Compadecer-se-á do pobre e do aflito, e salvará as almas dos necessitados. 14Libertará as suas almas do engano e da violência, e precioso será o seu sangue aos olhos dele. (Versículos 12, 13 e 14)

17 O seu nome permanecerá eternamente, o seu nome se irá propagando de pais a filhos, enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado. 18 Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só ele faz maravilhas. 19E bendito seja para sempre o seu nome glorioso, e encha-se toda a terra da sua glória. Amém e Amém. (Versículos 17, 18 e 19)

TEMA: O libertador

Há na Bíblia um versículo que eu gosto muito. Gosto não somente por ser uma grande verdade, mas por estimular o homem a viver em novidade de vida. Trata-se do texto que diz: “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (II Coríntios 5.17). Esse texto me faz lembrar do encontro que Nicodemos teve com  Jesus:

1E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 2 Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém  pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. 3Jesus respondeu e disse-lhe: na verdade, na verdade te digo que AQUELE QUE NÃO NASCER DE NOVO, NÃO PODE VER O REINO DE DEUS. 4Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar o ventre de sua mãe, e nascer? 5Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que AQUELE QUE NÃO NASCER DA ÁGUA E DO ESPÍRITO, NÃO PODE ENTRAR NO REINO DE DEUS. 6O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do espírito é espírito. 7Não te maravilhes de te ter dito: necessário vos é nascer de novo.” (João 3:1-7)

O termo “estar em Cristo” que Paulo utiliza ao se dirigir à igreja de Corinto é o mesmo utilizado por Jesus quando fala para Nicodemos sobre a necessidade do “novo nascimento”.

É primordial que a IGREJA esteja em CRISTO. Se a IGREJA está em Cristo é porque ela passou pelo novo nascimento. Vou repetir! Se nós (IGREJA) estamos em Cristo é porque passamos pelo novo nascimento. E se passamos pelo novo nascimento temos condições de ver (v. 3) e entrar (v.5) no reino de Deus.

Porém, não é tão simples explicar para uma pessoa que “não está em Cristo” o que é o “novo nascimento”. O “estar em Cristo” ou “novo nascimento” é algo que se compreende espiritualmente. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.” (I Coríntios 2:14,15).

Comparando, é como se você vivesse numa outra dimensão. De um lado a dimensão daqueles que são nascidos da carne; do outro a dimensão daqueles que são nascidos do Espírito. Nascidos pelo poder do Espírito Santo!

Nicodemos, apesar de ser príncipe dos judeus, mestre de Israel, fariseu, não compreendeu as palavras de Jesus: “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso? Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?” (João 3:8-10).

Paulo, quando ainda era Saulo, também não compreendia. Tanto não compreendia que consentiu na morte de Estevão (Atos 22:20) e perseguiu os primeiros cristãos (Atos 9:1). Saulo que era judeu, nascido em Tarso da Cicília, criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de seus pais, tendo zelo de Deus (Atos 22:3).

Os primeiros discípulos de Jesus também não tinham entendimento sobre o “novo nascimento”. Passaram a ter no momento em que se dispuseram a seguir as pegadas do Mestre.

“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita, as palavras que eu vos disse são espírito e vida. Mas há alguns de vós que não creem. Porque bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar. E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai lhe não for concedido. Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele. Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe pois Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. (João 6:63-68).

Não basta termos nascido de novo, precisamos crescer na graça e no conhecimento de Jesus!

Estamos acostumados com as palavras “crescer na graça e conhecimento”, mas não com a realidade de que elas pertencem a um contexto que alerta sobre a volta de Jesus. Este fato não pode ser jamais ignorado.  Experimente ler II Pedro 3:1-18.

Quero destacar um versículo: “Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências...” (v. 3). Isto está acontecendo e, infelizmente  a “Igreja” tem parte nisso. Pasmem, há muitos escarnecedores e a “Igreja” é cúmplice. Cúmplice porque não prega e não vive de acordo com as palavras do Messias. Atualmente, o sistema religioso está mais preocupado com as coisas materiais do que com as espirituais; mais preocupado “NO TER” do que “NO FAZER DISCÍPULOS DE CRISTO”.


O EVANGELHO DA RENÚNCIA E DA CRUZ ESTÁ SENDO NEGLIGENCIADO.


Os poucos bem intencionados estão se deixando levar pelo discurso frio e calculista do sistema. Por exemplo, um “homem de Deus” disse para uns irmãos, durante um trabalho de reconhecimento dos dons espirituais, que “a forma de saber se as ovelhas estão ou não doentes é através dos dízimos e das ofertas”.  Acredito que ele tenha a pretensão de ser chamado homem de Deus, mas não está tendo compreensão da verdade. Estas e outras distorções evangélicas têm contribuído para que muitos sejam enganados.

Na verdade, prega-se a Cristo por diversas razões:

“E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor. Verdade é que alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente; uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho, mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisso me regozijo, e me regozijarei ainda” (Filipenses 1.14-17).

Há aqueles que pregam a Cristo por avareza. No tempo dos apóstolos [dos verdadeiros apóstolos] já existiam os falsos mestres.

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (II Pedro 2:1-3).

As heresias e os escândalos religiosos são prejudiciais e, até, compreensíveis; mas as heresias e escândalos no meio evangélico são abomináveis.

“Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão. Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância. Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto reprende-os severamente, para que sejam sãos na fé, não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade. Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra” (Tito 1:10-16).

Isso está acontecendo, mas CRISTO é poderoso para nos libertar de todos estes enganos. “Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude. Compadecer-se-á do pobre e do aflito, e salvará as almas dos necessitados. Libertará as suas almas do engano e da violência, e precioso será o seu sangue aos olhos dele”. (Salmos 72.12-14)


“O trabalho da sua alma ele verá, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si”.  (Salmos 53.11)

“Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.  (Isaías 53.5)


O assunto “dízimos”, por exemplo, é uma “aflição” para muitos cristãos. Uns dizem que é do bruto; outros do líquido; e por aí vai. Não é uma coisa nem outra!  Os dízimos atuais são uma “adaptação da lei”; uma “alteração da Palavra”; uma “distorção” que favorece o sistema religioso e aguça a ganância de homens carnais.

“Amados, procurando eu escrever-vos com toda diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, e Jesus Cristo.” (Judas 1.3,4).


Por isso há muitos dominadores; muitos doutores; muita concorrência; muita divergência; muitos interesses escusos.

Vivemos no período da graça e não é uma graça barata. É uma graça que custou o precioso sangue de Jesus.

“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós.” (I Pedro 1.18-20)

Jesus derramou seu sangue na cruz do Calvário e nos resgatou de toda a maldição da lei. Somos justificados não pelo cumprimento da lei, mas pelo preciso sangue de Jesus. “E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.” (Gálatas 3.11)

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro. Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.” (Gálatas 3.13,14)

Cristo nos resgatou da velha forma de viver. “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente. Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; o qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si mesmo um povo especial, zeloso de boas obras. Fala disto, e exorta e repreende com toda autoridade. Ninguém te despreze.” (Tito 2.11-15).

 Voltemos às escrituras!
  
Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude. Compadecer-se-á do pobre e do aflito, e salvará as almas dos necessitados. Libertará as suas almas do engano e da violência, e precioso será o seu sangue aos olhos dele. O seu nome permanecerá eternamente, o seu nome se irá propagando de pais a filhos, enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado. Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só ele faz maravilhas. E bendito seja para sempre o seu nome glorioso, e encha-se toda a terra da sua glória. Amém e Amém.” (Salmos 72.12-14; 17-19)








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